Entenda como o ecossistema de eventos e live marketing pode se reinventar em 2025 5p2e10

POR ANDREZA SANTANA

O mercado de ativações sempre foi um terreno fértil para a criatividade e a inovação. Nos momentos mais desafiadores, ele demonstrou sua capacidade de se adaptar e criar experiências memoráveis. Mas em 2025, essa capacidade de reinvenção precisará atingir outro patamar.

Mais do que ser criativo, o setor será desafiado a equilibrar inovação, sustentabilidade e uma conexão genuína com o público, transformando eventos em experiências com propósito. 

A sustentabilidade, antes um diferencial, tornou-se uma obrigação. É impensável imaginar eventos que não considerem seu impacto ambiental e social.

Em um mercado onde o público busca iniciativas que ressoem com seus valores, práticas como o uso de cenografias compostáveis, energia renovável e brindes ecológicos não são apenas bem-vindas, mas essenciais.

Um exemplo? Substituir itens descartáveis por alternativas úteis e sustentáveis, como carregadores solares ou sementes encapsuladas. Ações como essas são prova de que é possível unir inovação e propósito de forma prática e eficiente. 

Outro elemento crucial para a transformação do setor é a imersão. Ferramentas como realidade aumentada e inteligência artificial não são apenas tendências, mas pilares para experiências impactantes e inesquecíveis.

Imagine um lançamento de produto em que o público possa interagir em um ambiente virtual personalizado, vivendo uma experiência tão marcante que será lembrada por anos.

Em tempos de tanta conectividade, oferecer algo que ultrae as telas e toque as emoções será o diferencial. 

E se a tecnologia avança, a personalização não fica atrás. Eventos que parecem “feitos sob medida” serão os favoritos em 2025. O uso inteligente de dados permitirá prever e atender às necessidades do público de forma única, sem invadir sua privacidade.

Antecipar desejos, como oferecer uma bebida favorita ou criar playlists personalizadas, transforma uma ativação comum em uma experiência extraordinária. 

Mesmo o tão debatido metaverso ganha espaço nesse cenário. Embora ainda em construção, ele abrirá possibilidades para eventos híbridos que combinam interações presenciais e virtuais.

Imagine um congresso internacional onde palestrantes e participantes possam estar em diferentes continentes, mas interagir em tempo real, ampliando o alcance e as possibilidades de engajamento.

Claro, tudo isso traz desafios. Em um mercado mais exigente, equilibrar inovação e custos será uma das maiores metas.

Ser disruptivo sem extrapolar orçamentos exigirá planejamento estratégico, parcerias inteligentes e uma visão clara de como gerar valor tanto para o público quanto para as marcas.

O que 2025 nos pede é um olhar atento às transformações sociais, tecnológicas e culturais. Como profissionais do setor, temos a oportunidade de liderar essa reinvenção, colocando as pessoas no centro de tudo.

Afinal, um evento é, antes de qualquer coisa, sobre pessoas. E o sucesso de uma ativação não está apenas em sua execução impecável, mas na capacidade de criar conexões verdadeiras e memoráveis.

Vamos para 2025 com menos improviso, mais propósito e a certeza de que o futuro dos eventos será tão desafiador quanto promissor. Quem vem com a gente?

*Andreza Santana é General Manager da MCM Brand Experience